Colunista explica a biologia do crescimento e discute fatores envolvidos na definição da estatura.
ca conhecida como picnodisostose, Toulouse-Lautrec sofreu fraturas e atrofias em suas pernas e alcançou apenas
Nosso crescimento é mais pronunciado durante a vida ut
O crescimento depende do aumento em extensão de ossos longos, como o fêmur, por exemplo. Esse processo ocorre por meio da substituição do anel de cartilag
Simultaneamente, também ocorre um espessamento dos ossos longos, evitando que eles se fragilizem ao se alongarem. Esse crescimento, denominado ossificação intermembran
O hormônio do crescimento, conhecido também como somatotropina, secretado pela região anterior da hipófise, em conjunto com o fator similar à insulina tipo 1 (IGF-1), liberado pelo fígado, controlam o p
Uma insuficiência na secreção de somatotropina durante a infância e adolescência gera o nanismo. Por outro lado, a hipersecreção desse hormônio durante esse período promove o gigantismo, caracterizado
Fatores étnicos
A influência étnica também é um fator importante na herança de nossa estatura. Europeus são, em média, maiores que asiáticos, por exemplo. Com relação a esse tema, a África é uma terra de contrastes. Ali se originaram, por exemplo, os pigmeus, um dos mais antigos grupos humanos, que alcançam em média apenas
Além disso, na África são encontrados os sudaneses, considerados o grupo humano de estatura mais elevada. Entre eles, há homens com altura média de
Dentro de um determinado grupo étnico, a estatura de um indivíduo pode refletir sua qualidade de vida, saúde e mesmo a longevidade. Nesse sentido pode ser citado o exemplo dos japoneses. Pesquisas têm indicado que o aumento recente na estatura da população japonesa relaciona-se com o aumento do consumo de proteínas ocorrido após o crescimento da economia na década de 1960. Os hábitos de higiene e sanitários da população também contribuem para essa elevação, assim como para uma maior longevidade nipônica.
Outros estudos confirmam que a prevenção de doenças, aliada a uma alimentação correta do ponto de vista nutricional, têm uma relação direta com características antropométricas – como o peso e altura – de populações humanas. Um bom exemplo é um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Granada (Espanha), chefiados por Antonio David Hueso. A pesquisa analisou dados antropométricos de monges que viveram no Mosteiro de Montefrío e Santa Fé (Espanha) entre 1750 e 1950 e mostrou que há uma relação entre os hábitos saudáveis e a estatura dos indivíduos.
O peso da genética
Por outro lado, estudos com gêmeos têm mostrado que fatores genéticos contribuem para cerca de 90% da variação normalmente observada em nossa estatura. Contudo, até recentemente esses genes eram totalmente desconhecidos da ciência. Esse quadro começou a mudar recentemente, após a publicação dos resultados de um estudo em que estiveram envolvidos 21 autores e dois consórcios dirigidos por Timothy Frayling, da Escola de Medicina de Exeter, no sudoeste da Inglaterra. Um artigo publicado no início deste mês na revista Nature Genetics aponta pela primeira vez um gene diretamente envolvido em nosso crescimento.
A equipe de Frayling examinou o genoma de cerca de 5 mil indivíduos e mostrou que variantes ou alelos do gene conhecido como HMGA2 (sigla em inglês para ”grupo de proteínas de alta mobilidade com uma alça AT”) estão associados com diferenças na altura de adultos e crianças. Segundo Frayling, os alelos “alto” e “baixo” estão igualmente distribuídos na população européia branca. Contudo, eles explicam apenas 0,3% da variação observada na estatura em uma dada população, ou cerca de
Dentro de um determinado grupo étnico, a estatura de um indivíduo pode refletir sua qualidade de vida, saúde e mesmo a longevidade. Nesse sentido pode ser citado o exemplo dos japoneses. Pesquisas têm indicado que o aumento recente na estatura da população japonesa relaciona-se com o aumento do consumo de proteínas ocorrido após o crescimento da economia na década de 1960. Os hábitos de higiene e sanitários da população também contribuem para essa elevação, assim como para uma maior longevidade nipônica.
Outros estudos confirmam que a prevenção de doenças, aliada a uma alimentação correta do ponto de vista nutricional, têm uma relação direta com características antropométricas – como o peso e altura – de populações humanas. Um bom exemplo é um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Granada (Espanha), chefiados por Antonio David Hueso. A pesquisa analisou dados antropométricos de monges que viveram no Mosteiro de Montefrío e Santa Fé (Espanha) entre 1750 e 1950 e mostrou que há uma relação entre os hábitos saudáveis e a estatura dos indivíduos.
O peso da genética
Por outro lado, estudos com gêmeos têm mostrado que fatores genéticos contribuem para cerca de 90% da variação normalmente observada em nossa estatura. Contudo, até recentemente esses genes eram totalmente desconhecidos da ciência. Esse quadro começou a mudar recentemente, após a publicação dos resultados de um estudo em que estiveram envolvidos 21 autores e dois consórcios dirigidos por Timothy Frayling, da Escola de Medicina de Exeter, no sudoeste da Inglaterra. Um artigo publicado no início deste mês na revista Nature Genetics aponta pela primeira vez um gene diretamente envolvido em nosso crescimento.
A equipe de Frayling examinou o genoma de cerca de 5 mil indivíduos e mostrou que variantes ou alelos do gene conhecido como HMGA2 (sigla em inglês para ”grupo de proteínas de alta mobilidade com uma alça AT”) estão associados com diferenças na altura de adultos e crianças. Segundo Frayling, os alelos “alto” e “baixo” estão igualmente distribuídos na população européia branca. Contudo, eles explicam apenas 0,3% da variação observada na estatura em uma dada população, ou cerca de
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