Atividade Proposta - 6° ano

Segue para as turmas do 6º ano a nossa leitura em sala sobre estrangeirismo e aportuguesamento. A discussão foi muito proveitosa...

Releia as informações e acesse estes sites para te ajudar no registro de palavras em seu caderno.

http://www.soportugues.com.br/secoes/estrangeirismos/estrangeirismos1.php

Aqui você vai encontrar vários exemplos de palavras estrangeiras que sofreram modificações, ou seja, foram “aportuguesadas”

http://minilua.com/estrangeirismos-lingua-portuguesa-2/

Neste link você terá a oportunidade de visualisar exemplos que “pegamos emprestado” de outros idiomas: palavras estrangeiras que falamos no nosso di-a-dia como se fosse “nossa”.

No segundo link, mostra imagens do mau uso das palavras estrangeiras...está muito bom!!! Verifique e registre-os no caderno que vamos utilizá-los em sala e reescrevê-los de forma correta!!!

O desafio está lançado!!!!

See you...

XOXO,

Techer Lorena

Timidez não é defeito

                                       Timidez não é defeito

TODA CRIANÇA tem o direito de ficar sozinha e quieta.
Toda criança tem o direito de não ser extrovertida, de gostar de brincar com poucos colegas e de não responder a todas as perguntas que os adultos lhe fazem, inclusive -e principalmente- pais e professores.
A criança tem o direito de ser tímida!
Mas, pelo jeito, estamos roubando esse direito dela.
Já faz um tempo que "participar" das aulas na escola, mesmo que seja falando qualquer bobagem, tem sido uma atitude exaltada e incentivada pela maioria dos educadores.
Receber muitos telefonemas, convites para festas, para brincar na casa de colegas da escola ou mesmo para viajar no final de semana tem sido tratado como índice de boa socialização.
Os pais, em geral, se preocupam quando os filhos, mesmo os menores de seis anos, não são "populares" entre seus pares.
Mas o problema é que, agora, estamos exagerando. Não basta considerar a timidez um defeito: queremos transformar essa característica em patologia, tratar.
Isso já é demais.
A mãe de um menino de dez anos me escreveu contando que a escola que seu filho frequenta promoveu uma palestra para os pais com o título "Como tratar as crianças tímidas". Ela foi, ouviu tudo e voltou preocupada.
Agora, essa mãe acredita que precisa levar o filho para um tratamento psicológico porque, segundo aquilo que ouviu na escola, ou pelo menos o que interpretou do que lá foi dito, o futuro do filho não será lá muito promissor caso ele não consiga superar a timidez que hoje apresenta.
No mundo da diversidade, não suportamos as diferenças, é isso?
Queremos que nossos filhos tenham todos os brinquedos que os colegas têm. Queremos que viajem para os mesmos lugares que seus pares contam ter visitado, que usem as roupas e os calçados das mesmas marcas que a maioria dos colegas e que se comportem de modo semelhante ao da maioria.
Acreditamos que crianças padronizadas e uniformes formam um grupo, e que os diferentes são excluídos dele.
Isso é uma grande violência que nós praticamos contra os mais novos.
Afinal, será que desconhecemos que o mundo tem lugar para todo tipo de pessoa?
Será que ninguém conhece adultos bem-sucedidos em sua profissão e que são extremamente tímidos na vida social?
Conheço pessoalmente vários casos assim e, por leitura de biografias, muitos outros. Escritores, cientistas com renome internacional, artistas, professores etc.
E adultos muito extrovertidos, com uma vida social intensa e uma rede de conhecidos enorme, mas que apesar disso são infelizes e não realizados na vida: será que ninguém conhece?
Temos tratado as crianças de uma maneira muito pouco respeitosa. Não suportamos que elas sejam muito ativas, rebeldes, que fiquem tristes, que reclamem, que desobedeçam, que queiram ficar quietas, que não parem, que sejam tímidas.
Ora, queremos formar uma massa de crianças medianas ou medíocres?
Vamos deixar as crianças tímidas em paz. Elas podem mudar na adolescência. Aliás, as muito extrovertidas também podem se transformar em tímidas nessa mesma época da vida.
Timidez não é defeito, tampouco doença. É apenas uma característica e, se a criança tiver oportunidades de ser aceita e reconhecida da maneira como ela é no momento e aprender a não permitir que esse seu traço impeça a sua vida de acontecer, ela crescerá de acordo com seu potencial e conseguirá, sim, encontrar meios de viver de acordo com esse seu jeito de ser.
Se, ao contrário, insistirmos para que ela altere essa sua característica, aí sim, nós poderemos atrapalhar o seu desenvolvimento e prejudicar o seu autoconhecimento, o que é fundamental para qualquer pessoa viver melhor.

Fonte: Rosely Sayão - psicóloga e autora do livro " Como educar meu filho"

Dicas para ajudar seu filho na entrada do 6º ano.



Dicas para ajudar seu filho na entrada do 6º ano
O primeiro ano do Ensino Fundamental 2 é repleto de novidades. Veja como ajudar seu filho a se adaptar a elas


Muitas mudanças ocorrem na passagem do quinto para o sexto ano, porém o acompanhamento dos pais deve continuar presente

Mais professores, novas disciplinas, conteúdos mais complexos eaprofundados e, para alguns, uma nova escola. Tudo isso somado à entrada naadolescência. A passagem para o 6º ano do Ensino Fundamental 2 é marcada por uma série de mudanças que irão representar um saudável desafio para o aluno. E os pais precisam assumir o papel de coadjuvantes importantes, que sugerem, dão exemplos e apóiam em um caminho de conquista de autonomia. 

"Estas novidades não devem ser entendidas como um problema", alerta Marisa Faermann Eizirik, psicóloga, Doutora em Educação pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). "Ao contrário, este é um período em que a criança desenvolverá habilidades importantes para vida adulta, como lidar com as diferenças, organizar prioridades, fazer escolhas e muitas outras. Os pais devem saborear estas conquistas".
 

O ponto principal é encontrar equilíbrio entre dar autonomia e, ao mesmo tempo, estar por perto e acompanhar a vida escolar. Professores comentam que até mães bastante atuantes no Ensino Fundamental 1 costumam "sumir" com a passagem para o 6º ano, o que é um erro. Os pais devem participar das reuniões, conhecer os professores e perguntar para a criança, com real interesse e disposição para ouvir, como foi a aula, o que foi ensinado e o que ela achou de mais interessante em seu dia.
 

Para estar pronto para ajudar, veja quais são os principais ritos de passagem pelos quais o aluno do 6º ano passa e como os pais podem cooperar para que a transição seja a melhor possível:

Algumas crianças podem sentir certa confusão e até mesmo desamparo com a perda da figura maternal (ou paternal) representada pela professora principal que o acompanhava diariamente e, com isso, trazia um conhecimento mútuo mais aprofundado. "Os pais devem passar confiança para a criança e reforçar que isso mostra que ela evoluiu em sua carreira escolar, que está mais madura e que, com tranquilidade, verá que consegue superar esta questão", afirma Marisa Faermann Eizirik, psicóloga, Doutora em Educação pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Se antes a criança não tinha de forma clara como era a sequencia de disciplinas, agora ela terá de lidar com um horário escolar bem definido, organizando-se para isso. Isso significa que ela terá de aprender a:
- trazer o material previsto para cada aula; 
- organizar a realização das lições de casa e trabalhos para entregá-los no prazo pedido
 
- entender a continuidade dos assuntos, mesmo após alguns dias sem contato com o professor e a matéria
 
- se adaptar ao jeito de ensinar de cada professor 
Por tudo isso, especialmente no começo, os pais precisam ajudar na organização do tempo, perguntando para quando são as tarefas e mostrando que apesar do aparente longo prazo para realizá-las, é preciso cuidado para não deixar que elas acumulem. Vale também conferir se a mochila está com os materiais previstos, até que ele se acostume. E é fundamental mostrar que é possível lidar com os diferentes perfis dos professores, da mesma forma como ele faz com os diferentes amigos que tem.
No sexto ano são introduzidas novas matérias, com assuntos que ainda não foram vivenciados pelo aluno, o que pode gerar ansiedade. A regra principal é não ampliar o medo da criança com comentários sobre as dificuldades que os próprios pais passaram. Ao contrário, o ideal é mostrar o lado interessante que os novos temas trazem e dar segurança de que ela tem total condição de acompanhar e entender e que deve recorrer sempre ao professor em caso de dúvidas. Outro aspecto é que os conteúdos vistos anteriormente servirão de base para novos aprendizados. Por isso, se o aluno já apresentava dificuldade em alguma matéria do ano anterior, os pais devem conversar com o professor da disciplina sobre como superar isto, como por exemplo, com exercícios de reforço.
A entrada no sexto ano coincide com a entrada na adolescência. "É o momento em que a criança abre os olhos para outras dimensões do mundo. E a escola deixa de ser o único centro de referência da sua vida, com o surgimento de outros interesses junto aos colegas: baladas, futebol etc.", comenta Silvia Gasparian Colello, Professora de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). "Esta mudança pode levar à dispersão, pela pluralidade de interesses que se descortinam em múltiplos aspectos da vida, como a sexualidade, a vida social, enfim, instâncias particulares de interesses para além da escola". E isso pode refletir no desempenho escolar. 
Nesta fase são bastante comuns alterações bruscas no humor, comportamento e até estilo. Segundo os especialistas, é essencial criar um ambiente de respeito mútuo e espaço para o diálogo.