SETE SÁBIOS DA GRÉCIA

A tradição grega ensina que a maioria das máximas e preceitos conhecidos por todos, eram atribuídos aos “sete sábios da Grécia”, homens que viveram no período compreendido entre 625 e 500 a.C.. A máxima "Conhece-te a ti mesmo", de Quílon, é um dos exemplos mais conhecidos.

Eles tinham grande prestígio e influência entre os seus contemporâneos, e eram dotados de tamanha sabedoria que alguns de seus ensinamentos foram inscritos nas paredes do templo de Apolo, em Delfos. A lista desses sábios variou com o passar dos tempos, mas segundo Platão, filósofo grego que viveu de 428 a 348 a.C., eles eram Tales de Mileto, Periandro de Corinto, Pitaco de Mitilene, Bias de Priene, Cleóbulo de Lindos, Sólon de Atenas e Quilon de Esparta.

Muitas lendas foram criadas em torno desses personagens. Uma delas diz que certo dia alguns pescadores de Mileto encontraram uma trípode de ouro (vaso precioso que se consagrava aos deuses ou se concedia como prêmio ao vencedor de jogos públicos), e que o oráculo de Delfos, ao ser consultado sobre ela, ordenou que a entregassem ao mais sábio dos homens. Ela então foi oferecida a Tales de Mileto (ilustração), mas este declinou da honra afirmando que havia outros com maiores conhecimentos que ele. O mesmo aconteceu com os outros componentes da lista, até que ao chegar a vez de Sólon (ou Bias), este a recebeu e a ofertou ao deus Apolo, dizendo que era ele era o mais sábio de todos.

Os “sete sábios da Grécia” foram os seguintes:

Tales de Mileto (640-546 a.C.), astrônomo e matemático, é considerado o mais antigo dos filósofos;

Periandro de Corinto (627-584 a.C.), tinha fama de sanguinário e foi um tirano em sua cidade, mas esta prosperou durante seu governo;

Pitaco de Mitilene (650-569 a.C.), famoso por sua feiúra física, depôs o tirano local mas afastou-se voluntariamente do poder após dez anos de governo;

Bias de Priene (século 6 a.C.), poeta e orador eloqüente, ganhou fama com as defesas feitas diante dos juízes de sua cidade, em favor de amigos;

Cleóbulo de Lindos (meados de 600 a.C.), autor de mais de três mil poesias e logogrifos, inclusive o epitáfio de Midas, tradicionalmente atribuído a Homero;

Sólon de Atenas, (640-558 a.C.), autor da lei que libertou da servidão os cidadãos atenienses escravizados por dívidas, foi um poeta lírico que compôs principalmente elegias morais e filosóficas;

Quilon de Esparta (viveu no século 6 a.C.), poeta sensível, foi também um dos mais poderosos éforos - nome dado a cada um dos cinco magistrados espartanos que desempenhavam essa função a cada ano, contrabalançando o poder dos reis e do senado - da sua cidade, utilizando costumeiramente a mitologia para justificar a liderança política de Esparta na região do Peloponeso.

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