Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Matemática, escreveu “Poesia Matemática” da qual foi extraído o fragmento a seguir:
“Às folhas de um livro de Matemática, um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base: uma figura ímpar; olhos romboides, boca trapezoide, corpo retangular, seios esferoides.
Fez da sua vida paralela à dela, até que se encontraram no Infinito.
‘Quem és tu?’ – indagou-o em ânsia radical. ‘Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.’ ”
A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao teorema de Pitágoras, deveria dar a seguinte resposta:
a) Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.
b) Sou o cubo da soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.
c) Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.
d) Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.
e) Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.
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